2.7.11

Que luz é essa menina ?

Quando eu nasci da ponta do lápis do meu narrador, as primeiras coisas que me foram acrescentadas foram parênteses. Breves parênteses que definiriam muitas coisas da minha história. Dentro deles uma só frase: “E ela carregará o Sol”. De fato, me dizem sempre sobre certa luz, que vem do meu sorriso, ou dos meus olhos... Essa tal luz pode cegar, ou aquecer... Depende de quem olha e de como se olha. O que eu realmente não gosto nessa história toda, é de quando preciso encarar os dias tristes... Já que o calor e a luz acabam sempre atraindo passarinhos, borboletas e pessoas alegres, loucas para gritar um sonoro: “Bom dia!”, o que faz com que eu tenha poucos segundos para viver intensamente a minha depressão, antes de abrir um largo e iluminado sorriso! No dia mais triste de que me lembro, não foi diferente. Amanheci e levantei num pulo. O céu sorria num azul bem claro e nuvens gordinhas planavam no ar. A única coisa incomum era o silêncio... Um silêncio de aviso, que sem palavra alguma dizia: “Esse é um dia de notícias tristes”. Neste dia, um velho amor morrera... Suicidara-se. E estava agora a sete palmos abaixo da minha alegria, e as minhas lágrimas de dor dançavam... Derramadas sobre os girassóis. Talvez minha essência seja mesmo a alegria! Talvez melancolia não faça parte do meu contexto, ou quem sabe seja esse o peso de carregar toda a luz do mundo nas costas.
Se a história fosse escrita por mim, eu diria que a menina chamada Cris não merecia se apagar nem por um instante... Como o Sol não merece como nenhuma outra estrela merece. E se é que somos todos nós “imagem e semelhança”, resta torcer para que seja essa também a idéia do meu _tão bem humorado_ narrador. [ Já que falta no mundo quem tenha disposição para iluminar.]



Um comentário:

Gabriela Dutra disse...

Criiis tem uns selinhos pra você lá no meu blog, espero que goste. Beiijos